Especialistas apresentam ideias para neutralização de CO2

As ideias foram debatidas no workshop "Bright Ideas for Research and Innovation", patrocinado pela Repsol Sinopec e realizado nos dias 12 e 13 de fevereiro na sede do Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI), no campus da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.
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Como identificar as fontes de dióxido de carbono (CO2)? Como criar uma ferramenta para quantificar a quantificar o gás carbônico? Como identificar os melhores locais geológicos para captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) usando aprendizagem de máquina? E, principalmente, como atingir a meta de emissão zero até 2050?

Essas foram algumas das questões apresentadas por especialistas como sugestões para futuro desenvolvimento de linhas de pesquisa, após dois dias de debates no workshop Bright Ideas for Research and Innovation, realizado nos dias 12 e 13 de fevereiro na sede do Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI), no campus da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.

No final de 2019, a Repsol anunciou o objetivo de, até 2050, zerar as emissões de carbono, o principal gás de efeito estufa. No encontro, pesquisadores de diversas áreas e profissionais do setor de petróleo e gás se dedicaram a três grandes áreas: digitalização em CCS, monetização do CO2 e captura de carbono.

“Acho que estamos em um momento único para tentar influenciar o plano estratégico da companhia a partir das ideias que reunimos aqui, e vamos fazer com que ganhem forma, para virarem projetos”, disse Támara García, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Repsol Sinopec Brasil, no encerramento do workshop. “É muito importante o trabalho desenvolvido nesse workshop; agora a tarefa é contextualizar e detalhar, para saber quais projetos devem ser iniciados primeiro, por exemplo.”

Marcelo Andreotti, gerente de Pesquisas em Instalações de Produção e Operações da Repsol Sinoepec, afirmou que o interesse temático da empresa não se restringe às questões do pré-sal, mais específicas ao Brasil. “Temos uma pegada de carbono global. Quanto mais a tecnologia se aplica a diferentes locais, mais fácil será fazer dela um business case e então desenvolvê-la.”

Apesar de a meta ser 2050, Andreotti ressaltou a importância de se pensar em um prazo mais curto também. “É preciso focar na transição. Como podemos chegar até lá? Nós não vamos simplesmente esquecer tudo o que temos e começar a construir do zero. O que podemos aproveitar?”

Tanto os pesquisadores da Repsol Sinopec Brasil quanto os do RCGI sugeriram a realização de uma segunda rodada do workshop, porém com enfoque mais técnico, de forma a estruturar melhor as ideias em projetos. “Esperamos que aqui nasça uma parceria produtiva para todos”, disse Gustavo Assi, diretor para Difusão do Conhecimento do RCGI, no encerramento do workshop.

“A função da universidade é gerar conhecimento que transforme a sociedade. No ramo da tecnologia ela só faz isso por meio daqueles que operam a tecnologia. Ela não pode estar distante da indústria que utiliza a tecnologia, senão ela é como uma faculdade de medicina distante de um hospital.”

 

 



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